O tabaco é responsável por cerca de seis milhões de mortes no mundo, sendo 200 mil só no Brasil, por ano.
O tabagismo é considerado uma doença crônica, resultado da dependência da nicotina, e um pontapé para o desenvolvimento de mais de 50 outras doenças, inclusive vários tipos de câncer.
Algumas pessoas pensam que o cigarro é o único vilão da saúde, mas os charutos são igualmente tóxicos e perigosos. A única diferença são as doenças associadas a cada um deles. Enquanto algumas são mais comuns em quem fumam cigarro, como o enfisema pulmonar, os adeptos do charuto têm maiores chances de câncer de boca, língua, garganta e esôfago.
Estudos apontam que quem fuma charuto tem entre duas e nove vezes mais chance de desenvolver câncer de pulmão do que os não fumantes. Além disso, podem desenvolver câncer na boca e na língua já que a fumaça fica retida na boca por mais tempo. Como o charuto não possui filtro, ele fica em contato direto com os lábios, expondo essa região aos compostos tóxicos e cancerígenos presentes no produto. Esses compostos são facilmente dissolvidos pela saliva, que, ao ser engolida, leva as toxinas para dentro do corpo, aumentando as chances de desenvolver câncer de esôfago.
E engana-se quem acha que é preciso fumar uma grande quantidade para ter algum risco. A quantidade de tabaco queimada durante o consumo de um charuto é maior que a quantidade queimada em um cigarro: um charuto contém entre 5 e 17g de tabaco, enquanto um cigarro tem em média 0,8 a 1g. Então, quem fuma “apenas” um ou dois charutos por dia aumenta duas vezes o risco de ter câncer oral e de esôfago, comparado a quem não fuma. Se fumar três ou quatro, esse risco aumenta mais de 8 vezes para o câncer oral e 4 vezes para o câncer no esôfago.